quinta-feira, 21 de maio de 2009

Dia da Espiga

Hoje comemora-se o Dia da Espiga.


"Tradicionalmente, de manhã cedo, rapazes e raparigas vão para o campo apanhar a espiga e outras flores campestres. Com elas formam um ramo com: espigas de trigo, folhagem de oliveira, malmequeres e papoilas. O ramo pode também incluir centeio, cevada, aveia, margaridas, pampilhos, etc.

Cada elemento simboliza um desejo:
- A espiga = que haja pão (isto é, que nunca falte comida, que haja abundância em cada lar)
O ramo de folhas de oliveira = que haja paz (lembra-te que a pomba da paz traz no bico um ramo de oliveira) e que nunca falte a luz (divina). Dantes as pessoas alumiavam-se com lamparinas de azeite, e o azeite faz-se com as azeitonas, que são o fruto da oliveira.
Flores (malmequeres, papoilas, etc.) = que haja alegria (simbolizada pela cor das flores - o malmequer ainda «traz» ouro e prata, a papoila «traz» amor e vida e o alecrim «traz» saúde e força).

O ramo é guardado ao longo de um ano, até ao Dia de Espiga do ano seguinte, pendurado algures dentro de casa.
Acredita-se que este costume, que surge mais no centro e sul de Portugal, nasceu de um antigo ritual cristão, que era uma bênção aos primeiros frutos.
No entanto, por ter tanta ligação com a Natureza, pensa-se que vem bem mais de trás no tempo, talvez de antigas tradições pagãs associadas às festas da deusa Flora que aconteciam por esta altura e às quais se mantém ligada à tradição dos Maios e das Maias.
Hoje em dia, nas grandes cidades, as pessoas já não vão colher o Ramo da Espiga (nem há onde...), mas há quem os venda, tendo-os colhido e atado, fazendo negócio com a tradição... E ajudando a preservá-la."


Comemorámos este dia cá na escola. Como a tradição ainda é o que era fomos dar um passeio para apanharmos as plantas necessárias para o nosso ramo. Antigamente as pessoas almoçavam pelos campos por isso levámos os nossos lanches da manhã e comemos por lá. Fomos até à Monteira onde vimos os bois da D.Susana e um viveiro de trutas (ficamos a saber que um quilo delas custa 3 €). No regresso também passámos na casa da D. Maria (a avó do Tomás).
Apesar de ter sido uma caminhada bem longa, foi uma manhã muito divertida e bem passada.









Primeira paragem...












... para apanhar papoilas.













Que belas flores...












Mais três...













O nosso piquenique.

























Não se portem bem não, que ela diz-vos...











O nosso professor com o André, a Inês, a Sandra e a Margarida.










A vovó da nossa escola... D. Susana.









Os vivos da D. Susana (que belos exemplares).












No viveiro de trutas.










Tantas e tão grandes...












Caro? Barato?... Ao menos sabemos de onde vêm.








Como devem calcular, chamaram todos os nomes a estas ovelhinhas. Sandra, Marta, Bárbara, Inês, Tatiana, etc...






O RAMO DA ESPIGA DA NOSSA TURMA




SABER MAIS: Diz a tradição que neste dia se costuma guardar uma carcaça de pão junto com uma moeda dentro de um saco. Esta carcaça será guardada durante um ano, até ao próximo Dia da Espiga, altura em que se distribuirá pelos membros da família para ser comida.
Faz-se isto para que na casa haja sempre pão e/ou dinheiro para o comprar. Por incrível que pareça esta carcaça, apesar de ir endurecendo, nunca ganha bolor.


Outra coisa que aprendemos é que neste dia não se deve trabalhar na terra.

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